sábado, 24 de outubro de 2009

Camarupas

Camarupas

O que são? São seres inimagináveis, que possuem o dom de transfiguração, vivem num plano mais sutil que o nosso. Seres malignos e invisíveis, que se apodera dos corpos dos humanos, enquanto esses dormem, fazendo viagens astrais, (sonhos lúcidos). Beneficia-se de sua energia vital. Começam por invadir seu subconsciente. Eles se fixam e se transformam, em quem querem se transformar. Suas transmutações despertam em você, os seus desejos mais íntimos. Normalmente transforma-se em algo que fogem de suas características, horrendas. Fazem qualquer coisa para te iludir e te convencer, com seus disfarces. Para os homens, os camarupas, transforma – se em belas mulheres sexy, seios fartos, e nudez a mostra. Para as mulheres, os camarupas, transformam – se em homens bonitos e sedutores, irresistíveis, de bom poder de persuasão. Quando a vitima é seduzida, pelo camarupas, “este” se apodera de seu corpo. Toma sua força, rouba toda sua energia. Seu cordão de prata é acionado, trazendo você de volta a seu corpo físico. Então acontece uma reação normal de você se virar na cama. Mais você, não consegue! Neste momento você começa a perceber que você, não está sonhando. Tem plena consciência de seu corpo e de sua mente consciente. Tenta gritar! Mais não consegue. Tenta se levantar! Mais não consegue. São os camarupas te dominando! Te atacando! Seu corpo fica pesado. Você tem plena noção do que acontece com você, mais se encontra totalmente imóvel e sem força de reação. Após o ataque dos camarupas, seu dia fica lento. Você fica desanimada, desmotivada, devagar quase parando. Se sente cansado o dia todo. Não produz.

domingo, 11 de outubro de 2009

Aos negros brasileiros. Construindo uma nova história!!!

Aos negros brasileiros.
Construindo uma nova história!!!


A identidade e a liberdade do negro brasileiro, ainda é fictícia para muitos. Isso acontece porque muitos ainda têm vergonha, de se intitular negro. Por causa das Olimpíadas de 2016. Já se falam em introduzir aos pequenos de seis anos, inglê e Francês. Mas não se fala em contar a história da cultura brasileira. O próprio negro se enxerga com estranheza e este estranhamento se intensifica no seu dia – a – dia. Quando ele se vê como um ser integrante de uma cultura oprimida. Então ele não se aceita. Mas sente a necessidade de participar da segregação dominante, então se incomoda e esconde suas raízes. Mais isso não é contemporâneo, vem de gerações familiares antigas. A identidade do negro se perdeu quando se deixou definir por homem de cor, pardo, mulato, moreno, adjetivos que contraria a raça, que é uma só. A negra! Esse mecanismo de defesa era porque ser negro não lhe trazia benefícios, e o embranquecimento, mesmo que por adjetivos, lhe tirava da berlinda. É isso era bom! Pois sendo assim ele não seria maltratado, ou prejudicado, fazia parte dos iguais. A cultura do negro ficou no ultimo dos patamares, sempre relacionada a escravidão, condições precárias de suas moradias em periferias e morros, degradação social, preconceito, desrespeito generalizado. Carregam consigo gerações de medo, de se intitular e ser desvalorizado. A liberdade do negro está dentro do próprio negro. Falta a ele a coragem de se libertar. Queremos que nossas histórias sejam contadas para gerações futuras, mas não só como escravos, sem cultura. Queremos que saibam que vieram forçados da África. Que tinham famílias unidas e que eram separados de seus entes, quando chegavam aqui. Essa estratégia era usada pelos colonos da época paras que não se rebelassem. Não foram escravos passivos! Sabiam no fundo que eram livres. Mas eram alienados á tal ponto, que aceitavam ser desvalorizados e humilhados por seus subordinados. Traziam consigo uma riquíssima, habilidade em trabalhos manuais. Faziam esculturas em madeira e barro, bordados lindos que enfeitavam a casa de engenho. Contribuíram para agricultura e a culinária. tinham suas crenças. Cresci numa família de nove irmãos, sendo eu a oitava, meu pai negro, minha mãe mestiça clara, vista como branca erroneamente. Meu pai foi um negro muito atormentado em sua infância, visto como brigão, por seu temperamento agressivo com as crianças de sua escola ou cortiço onde morava (espécie de terreno com varias casa humildes, no bairro da Leopoldina). Meu pai se defendia da diferenciação que a raça negra sofrerá em 1932. Em minha família não se falava sobre os negros, mas todos os meus irmãos se casaram com mulheres branca, acredito que era para que seus filhos não passassem por descriminação como eles. Casei-me com um homem dito branco, mas na verdade é tão negro como eu se não fosse pela diferenciação da cor de pele, meu marido é visto como branco, e se considera assim. Mas seu pai é tão negro quanto o meu pai. Fui reprovada por duas vezes na segunda série primaria, mas não tinha noção do que estava errado, porque na segunda série sabia ler e escrever, muito melhor do que muitas crianças da quarta série de hoje. Compreendo que foi por causa de minha pele negra. Por muitas vezes meus vizinhos me chamavam de negrinha, e por muitas vezes atendi minha tia por macaca. Descobri minha negritude aos 11 anos e confesso que não foi de maneira graciosa. Minha avó por parte de pai foi uma negra muito bonita, mas trazia na bagagem o medo do preconceito, e de fazer feio diante de seus amigos brancos. Por muitas vezes tentava esconder se de sua negritude. Mas não fazia por mal! Ela fazia parte da sociedade reprimida que para ser aceita esquecia sua identidade, e entrava no conformismo da negação. Quantas vezes minha avó nos dizia: Senta menina! Tenha modos! Não é bonito repetir a refeição perto de pessoas estranhas. Não faça isso, porque vão achar que você não tem educação. A represália de minha avó retratava muita bem como seus pensamentos de mulher negra queriam estar sempre correta diante da sociedade. E para estar bem e se sentir aceita, reprimia seu comportamento. O presidente Americano Barack Obama, foi condecorado com o prêmio Nobel da paz 2009. Não entendeu o que isso significa? Prêmio para quem serve bem a humanidade. Mas o nosso presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao mencionar Obama, como negro, retrata o presidente Americano com atribuições negativas, como se este não merecesse o prêmio. Fica mais ou menos assim. Puxa! Você ganhou? Mas você é negro! Ao mencionar raça negra do Presidente Americano em seu discurso, fez se abrir o incentivo e a problemática racial que é historicamente consistente em nosso país.
"A liberdade negra, está dentro do negro! Cabe a ele se libertar, das amarras e injustiças do passado, Para construir um novo recomeço. Onde todos os homens são livres.